O Último gole

A saudade invoca o seu nome

Igualando-se a um vício desconcertante,

E dele vejo-me embebida a cada instante...

Pronunciando cada letra, a fim de que uma delas me leve até você.

Naquela mesa estaram-se apenas

As taças de vazias,que em noites sombrias

eu bebera de seus lábios até o último gole de vinho...

Ao entrelaçar os meus dedos  no lençol

pude sentir seu ar gélido pairando novamente sobre eles,

e num desepero profundo, desforo-os como  fizestes em minha lembrança.

Vivenciei os seus encantos mais profundos.

Bebemos e brindamos o descobrir: A’alma de ambos fundiram-se

em um único ser.

Tal como a bebida o seu amor foi algo totalmente ilusório.

E com isso o que era doce como o sabor de seu corpo, transformou-se

em gotas de ácido. Ácido, esse que me devora e suga.

E em minha lúcidez ...Desfaço-me deste vício de ti...

No qual o meu corpo ainda declina. Pois deste erro que nos unia...

E desta chama que em minha ardia, este erro não

 seria tão perfeito se não fosse com você.